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  • Foto do escritorCecilia Leite

A conexão entre o Céu e a Terra


Tudo nesse Universo em que vivemos está interligado, nada acontece isoladamente. Uma coisa leva a outra, tudo vem de algum lugar. As sincronicidades, conceito desenvolvido por Jung, definem eventos que se relacionam por um significado. Assim, temos a todo momento, e em tudo, sinais que indicam o rumo das coisas, basta estar atento, e saber ler...


Nesse contexto, o céu e a Terra não podem ser vistos separadamente. Já dizia o princípio hermético, "o que está em cima é como o que está em baixo, o que está dentro é como o que está fora". O macrocosmo e o microcosmo estão em estreita correspondência.


Assim, a Astrologia pode ser entendida como o retrato no céu, das energias que acontecem na Terra. Quem consegue "ler" os astros, consegue entender os ciclos que estão sendo vivenciados aqui embaixo. Cada um tem um Mapa Natal, que é um roteiro próprio, um caminho individual a ser seguido. Assim, cada um tem suas energias inerentes. Cada ser nesse planeta nasce com a sua configuração energética particular.


Também sabemos que tudo nesse Universo possui sua vibração (um outro princípio hermético). Assim todas as formas naturais, como as plantas, os cristais, as cores, os aromas, possuem suas próprias características energéticas, que estão a todo tempo interagindo com o meio. E que podem servir de ferramentas naturais para trazer equilíbrio a um ambiente (ou a um organismo) desorganizado.


Quando o astrólogo faz a leitura de um mapa, ele pode abordar diferentes aspectos conforme sua visão particular de vida e sua especialidade. Sim, porque o mapa é vasto, engloba todas as dimensões do ser, todas as esferas da vida. Mas para você compreender o que ele está dizendo, é preciso ter conhecimento da área correspondente. Assim, para você saber interpretar um mapa do ponto de vista da saúde, é necessário conhecer anatomia e fisiologia. Para interpretar sob o ponto de vista energético é preciso conhecer a anatomia sutil e as diferentes linhas que trabalham com esse conceito como a medicina tradicional chinesa e a ayurveda por exemplo. Para interpretar do ponto de vista psicológico é necessário conhecer conceitos da psicologia. E é necessário também ter experiência de vida dentro de cada assunto que se pretende abordar. Para a Astrologia Empresarial é necessário conhecer de perto o mundo corporativo, para falar de Astrologia Pedagógica é desejável que se tenha um contato muito próximo com crianças para saber na prática como funciona esse universo. Para falar de Astrologia Mundial é necessário conhecer História, Geografia, e várias ciências humanas.


Ou seja, para ser um bom astrólogo é desejável que além de um conhecimento técnico bastante consistente, tenha-se também experiências de vida para poder compreender os diferentes contextos que se apresentam, e um conhecimento geral abrangente, ao menos dentro da esfera em que ele se propõe a trabalhar. Por isso SIM existem muitas diferenças nas leituras. Porque cada profissional tem uma abordagem, e também cada um tem uma linha de conhecimento, uma especialidade, uma vivência diferente.


A proposta da Astros e Ervas é utilizar a Astrologia para entender o indivíduo em suas várias dimensões. Tenho várias formações que me permitem entender o mapa do ponto de vista psicológico, energético e físico. Conseguimos entender a dinâmica interna da pessoa, e onde ela se sabota, onde existem mecanismos de defesa, de negação, de projeção, onde existem portanto bloqueios energéticos, e como esses bloqueios podem atingir o físico na forma de desequilíbrios e até de doenças.


Compreendendo bem o indivíduo, e, conhecendo sobre as técnicas e ferramentas naturais, podemos encaixar uma coisa na outra, e perceber, para aquela pessoa, naquele momento, o que poderia ajudar a trazer mais bem estar. Podemos ajudar a trazer à luz as causas que estão na raiz de certas doenças (aqui no blog tem vários textos antigos que tratam da relação entre os padrões mentais e emocionais e as doenças manifestadas: Anatomia sutil, O corpo como manifestação da alma, Por que adoecemos?, Astrologia na saúde física e psíquica).


Precisamos ter em mente que não existe receita pronta. É totalmente equivocado relacionar plantas, cristais, aromas, seja lá o que for, aos signos de maneira simplista. É preciso compreender o TODO envolvido, tanto no indivíduo, como na ferramenta que se pretende utilizar. A pessoa ser de um signo não diz nada a respeito dela, pois além de ter um mapa inteiro e complexo por trás para ser analisado, ainda não sabemos COMO a pessoa está vivendo aquele mapa. Um exemplo para ilustrar: um leonino tem como tema central em sua personalidade a questão da auto afirmação e da auto estima. Dependendo do mapa, e do momento (e de como ele está reagindo a tudo isso), ele pode estar com a auto estima em baixa e precisar de uma ferramenta que tenha bastante conexão com esse signo. Mas, também pode acontecer do leonino estar com essas características exacerbadas e qualquer ferramenta correspondente a esse signo irá potencializar essas manifestações, podendo deixar a pessoa até arrogante, ou descompensada energeticamente.


É necessário avaliar sempre o contexto geral. Além disso, as pessoas não respondem igualmente a todas as ferramentas, depende muito do organismo em questão. A posição da Lua, bem como a distribuição dos planetas pelos elementos, pode indicar tratamentos mais afins com a energia da pessoa. Tem quem se dê bem com cristais, tem quem não responda a eles, mas que funciona muito bem com chás por exemplo. Nem tudo funciona bem para todo mundo o tempo todo.


Também não dá para simplificar e dizer que precisa equilibrar o que está "faltando" no mapa. Tem momentos em que precisamos justamente daquilo que temos "bastante" no mapa, que é a nossa constituição natural, e portanto tem o potencial de nos trazer de volta para o equilíbrio.


Até a classificação de plantas, cristais, aromas, pelos signos varia de acordo com a abordagem. Somos vastos, e a natureza também. E a tentativa de colocar cada coisa em uma caixinha certamente não irá funcionar. Portanto nada de simplificações. Nada de correlações superficiais. Isso não funciona, e além de não ajudar pode até atrapalhar. Ou colaborar com a falta de credibilidade com que essas técnicas são vistas. Nada de receitas prontas. Cada um é um, cada momento é um momento diferente. E mesmo pessoas com mapas iguaizinhos podem estar no mesmo momento precisando de coisas diferentes, porque vivem de maneiras distintas, tem suas próprias crenças, seu histórico pessoal...


O céu e a Terra estão sempre em harmonia. Nós, e tudo que aqui existe, estamos inseridos nesse contexto. O autoconhecimento e a conexão interna podem nos trazer a percepção daquilo que nos faz bem e pode ajudar em cada momento. Cultivar momentos de paz, de introspecção, de reflexão, pode ajudar a ir nos reconectando com a nossa real natureza. No entanto, com as atribulações diárias, facilmente nos perdemos de nós mesmos. Os saberes do céu e da terra podem nos ajudar a nos trazer de volta para casa...

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