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  • Foto do escritorCecilia Leite

Por que adoecemos?


Muitas vezes nos surpreendemos com um mal estar que ao nosso olhar parece repentino! “Eu estava tão bem, e de repente fiquei assim...”. Ou pode até acontecer com uma doença mais séria também, parece que ela simplesmente apareceu sem aviso prévio... Não costumamos fazer conexões, correlações, e infelizmente não temos o hábito de nos observar.


Nosso corpo dá sinais o tempo todo, manda mensagens de todo o tipo. Mas invariavelmente a nossa atenção está bem longe dele, negligenciando todas as informações preciosas que ele está fornecendo.


Sabemos que somos serem multidimensionais, formados de frequências que interagem o tempo todo. No texto Anatomia Sutil aqui do blog essa dinâmica está bem explicadinha. O invisível (como os pensamentos e sentimentos) atua no visível (o nosso corpo físico) o tempo todo. E também sabemos que cada órgão do nosso corpo lida com um certo tema da nossa vida, administrando determinadas emoções. Isso também está descrito em detalhes no texto O corpo como manifestação da alma. Então podemos concluir que o corpo é a tela de projeção onde a nossa dimensão sem forma se manifesta. Ou seja, tudo aquilo que vibramos, mas muitas vezes nem percebemos, se torna visível no corpo físico. Ele é a nossa dimensão mais grosseira, a que tem forma, matéria. E é onde o que está nas outras camadas irá se materializar. Isso pode parecer complexo, mas não é... É simples... Isso é física. Interação de ondas, frequências, ressonância... Podemos querer nos enganar com argumentos lógicos, histórias da carochinha para tentar nos justificar, nos proteger, mas o fato é que a nossa energia não mente... O que vibramos é o que se manifesta...


E mais: a doença não é nossa inimiga. Pelo contrário, é nossa aliada. Porque ela é a última tentativa de restabelecer o equilíbrio do nosso sistema. Ela acontece para trazer a nossa cura. O que não conseguimos resolver em outros níveis, vem para o físico, se torna visível, evidente, chama a nossa atenção, nos faz passar por sintomas desagradáveis, e faz uma depuração em nós. Resolve o assunto na última instância.


E qual é o caminho percorrido até a doença se instalar? Os sinais começam a aparecer bem sutilmente, e vão ficando mais fortes até se tornarem óbvios, intensos, gritantes. Normalmente tudo começa com uma leve sensação que quase nem percebemos, como quando entramos em um lugar que não nos agrada. Sentimos alguma coisa diferente e muitas vezes nem damos valor a essa percepção. A sensação vai então aumentando até se tornar um mal estar físico, como uma dor de cabeça, um problema no estômago, algo que consiga nos chamar a atenção. Nesse caminho muitas vezes temos pensamentos contraditórios, porque sabemos que aquela situação não está nos fazendo bem, mas a razão diz que precisamos aguentar... Temos medo, qualquer mudança exigirá muito esforço e trará consequências... Melhor não mexer... Cria-se um conflito interno. Um lado de nós quer mudar, o outro resiste à mudança. Tensão psíquica. Esse conflito interno se manifesta externamente como uma inflamação, que nada mais é que uma guerra no corpo. O corpo está dizendo, através da sua linguagem, que estamos em guerra, combatendo. Essa linguagem é quase literal, só exige observação e atenção de nossa parte para decodificá-la.


Quantas vezes acontece de alguém que trabalha com clientes conhecer alguém, e naquele momento já saber que o negócio não dará certo? É imediato. Sente um mal estar, uma coisa esquisita, mas aí a cabeça diz: “você precisa desse cliente, não pode perder essa oportunidade, isso pode render bastante...”. No fundo você sabe que ele só trará dor de cabeça, no sentido figurado e literal da expressão, mas você insiste... A cada reunião, uma enxaqueca... Você começa a já suar frio antes de cada encontro, o coração palpita, as pernas tremem... Talvez você pense que está com Síndrome do Pânico, e talvez esteja mesmo... E aí acha que precisa se tratar urgente, pois tem algo errado com você... Mas o que está parecendo um problema, na realidade é o seu corpo falando com você, e indicando que aquilo não está alinhado com a sua alma. Às vezes, como nesse exemplo, é um cliente, mas pode ser um emprego, um relacionamento, uma profissão, um estilo de vida... No caso do cliente, ao terminar o trabalho com ele, você desfaz o vínculo, e os sintomas tendem a desaparecer... Mas, e no caso de situações que se perpetuam vida afora? Isso vai acabando com suas resistências, com sua vitalidade, as doenças que antes eram agudas, agora se tornam crônicas...


E nós, seguimos combatendo as doenças... Não enxergamos que elas são um sinal de que algo não está bem em outra esfera, em outra dimensão do nosso ser... As doenças servem para nos levar a um estado de plenitude da alma. Enxergando o que não está alinhado conosco, conseguimos (em tese) mudar o nosso comportamento, e fazer com que a nossa vida vá se tornando cada vez mais significativa, mais alinhada com nosso propósito, com nossa essência. O objetivo é viver em plenitude.


Em alguns casos a doença aparece para nos proteger de uma coisa que não queremos fazer (e não temos a coragem de assumir): aquela gripe bem no dia de uma reunião importante, ficar sem voz no dia da apresentação de um trabalho, o pé torcido que impede de ir a um evento... Quem não conhece aquela pessoa que precisa tomar dez cafezinhos durante o dia de trabalho para se manter acordado? Acaba com o estômago (no mínimo) porque está brigando consigo mesmo para aguentar uma atividade que em nada desperta o interesse, que não encanta... Depois diz que está com gastrite, que deve ser desse estresse da vida moderna, precisa de um tratamento com vários remédios, e quem sabe uns dias de afastamento do trabalho. Ufa!


E por que precisamos adoecer? Porque na maior parte das vezes, o que vem à luz com a nossa doença, é a nossa sombra, o lado que não enxergamos em nós. Se conseguíssemos nos perceber com clareza, teríamos a chance de modificar nossos comportamentos e nossas atitudes antes das suas consequências chegarem no corpo na forma de uma doença. Se quiséssemos, é claro. Onde entendemos que o autoconhecimento é o que de melhor podemos fazer para preservar a nossa saúde. Nos conhecendo nos respeitamos, sabemos nossos limites, entendemos o que nos faz bem e o que nos faz mal, o que alimenta a nossa alma e o que a faz definhar.


A doença nos torna honestos, vulneráveis, expostos. Muitas das nossas máscaras caem. E com frequência nos tornamos pessoas muito melhores após passarmos por uma experiência assim. Mudamos as perspectivas, o olhar para a vida e para nós mesmos. A doença modifica nossos valores, nos torna pessoas mais fortes, mais vivas! Ou não... Pode virar uma forma de manipulação dos outros, uma maneira de conseguir atenção, se vitimizar... São escolhas... E toda escolha tem consequências... Para quem escolhe! Por isso precisamos estar bem conscientes do que estamos escolhendo.


É necessário ficar bem claro que o doente não deve se sentir culpado por estar doente, pois isso só piora o quadro, não contribui com nada. Auto responsabilidade é bastante diferente de culpa. Afinal todos estamos aqui para aprender com nossos processos e não há nada de errado com isso. Se alguém fosse perfeito não estaria por aqui... Faz parte do nosso processo evolutivo lidar com a nossa sombra. Não existe nenhum sentido em sentir culpa por não ser perfeito. Saber que somos responsáveis por nós mesmos, no entanto, nos dá a autonomia de mudarmos de rumos a qualquer momento. Nenhuma pessoa pode ter poder sobre nós, se não concedermos esse poder a ela. É um assunto bastante difícil, pois reluta-se muito em assumir essa força. É bem mais fácil outorgá-la a situações externas, dizer-se refém de alguém, de alguma situação, de um emprego, da falta de dinheiro... Por isso o processo de auto conhecimento é longo (permanente na realidade) e muitas vezes doloroso. Há de se ter um suporte, e muita bondade consigo mesmo. Mas é de fato o que pode nos conduzir a uma vida mais plena.


Precisamos estar atentos para entender que a doença está na causa e não no sintoma, como geralmente acreditamos. Quando no carro acende uma luzinha no painel, não adianta cortar o fio para ela não acender mais. Precisamos ver porque a luz está acesa e consertar o local com problema e não a luzinha. Assim, em nós, normalmente a questão não está onde o sintoma aparece. O que não quer dizer que não podemos aliviar os sintomas. Desde que isso não mascare a verdadeira causa da desarmonia. As terapias vibracionais por exemplo atuam nos campos mais sutis, mexendo em padrões emocionais ou mexendo no fluxo energético, trazendo alívio e bem estar. Porém, se não houver consciência, não há cura. Os padrões antigos voltam com muita facilidade. É necessária uma observação constante. Em um estado mais harmonizado é muito mais fácil de enxergarmos as questões e de lidarmos com elas. Por isso os tratamentos são todos muito bem vindos, mas não podemos perder de vista a nossa parte na nossa cura.


Quero ressaltar aqui que a Astrologia pode ser uma ferramenta valiosíssima para a compreensão desse processo. Através do nosso Mapa Natal entendemos os padrões atuantes em nós, físicos e psíquicos. Fica fácil perceber como esses padrões afetam o nosso corpo, como ele tende a responder, onde a doença pode se manifestar. Percebemos onde estão os bloqueios, quando entendemos como estamos usando o nosso mapa. A repressão de qualquer aspecto vai gerar desequilíbrio, que pode terminar em uma doença. Mas isso é assunto para um outro texto...

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