As plantas são muito mais que elementos decorativos, que fazem fotossíntese e por isso ajudam a filtrar o ar e podem servir como alimento. Somente isso, já seria motivo suficiente para tratá-las com o maior respeito e deferência. Afinal, sem elas, não teríamos ar limpo para respirar, e nem alimentos (já que são a base da cadeia alimentar). Ou seja, sem elas não haveria vida humana.
Mas elas são verdadeiras antenas parabólicas do cosmos e carregam em si as virtudes primordiais. Como já demonstrado em vários estudos, elas possuem inteligência, capacidade de comunicação uma com as outras, capacidade de perceber ameaças do ambiente, de diferenciar pessoas que estão em seu entorno, estão longe de ser os seres passivos que muitos consideram. Elas possuem formas, cores e aromas que dizem sobre seu propósito. O óleo essencial que produzem é uma defesa a uma determinada condição ameaçadora, a sua forma é para melhorar a adaptação em determinado ambiente, a cor é para atrair um determinado polinizador, ou para desenvolver uma determinada qualidade. Conhecendo isso, podemos também usufruir desses benefícios através delas. As plantas foram os primeiros remédios, e eram utilizadas tantos pelos antigos alquimistas, boticários, como pelas benzedeiras, parteiras e curandeiras. São amigas da humanidade desde o primeiro momento, afinal chegaram nesse planeta muito antes que nós.
No entanto, perdemos essa conexão. Nesse mundo moderno, onde tudo é digital e virtual, perdemos a sensibilidade de perceber essa linguagem que nos rodeia. Não sabemos mais olhar para uma erva e perceber o ser vivo que ali habita. Não conseguimos compreender o que o sabor amargo de uma delas pode fazer no nosso organismo, ou o que aquelas flores tão singelas podem trazer para o nosso emocional. Passamos diariamente por várias delas em nosso caminho e sequer as enxergamos. Elas estão sempre ali, prontas para dar aquilo que precisamos...
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